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O homem e o clima
básico
1. Terão as alterações climáticas causa humana?
- O que está a acontecer ao clima?
- Como sabemos?
- De onde vêm as emissões?
2. Como será o futuro?
3. Como poderemos minorar os impactos humanos no clima?
mais
     
 

Como estamos a alterar o clima?

Básico

1. Terão as alterações climáticas causa humana?

 

Como sabemos que as pessoas têm afectado o clima?

Os cientistas têm discutido seriamente, durante pelo menos as últimas três décadas, o risco de alterações climáticas induzidas pelo Homem. Os governos e o cidadão comum começaram-se a preocupar no final dos anos 80, quando o problema surge nas primeiras páginas dos jornais e da televisão em todo o mundo. Desde então, os cientistas têm descoberto muito mais acerca das causas das alterações climáticas.

 

 

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Em 2001, o Painel Internacional para as Alterações Climáticas (IPCC) (ver unidade 2), que é formado por especialistas mundiais nesta matéria, concluiu que é virtualmente certo que as emissões de gases de efeito de estufa originadas pelas actividades humanas contribuíram significativamente para as alterações climáticas observadas nos últimos 30 a 50 anos.


 

Em que se baseia esta conclusão? Fundamenta-se em melhores e mais observações compreensivas das alterações climáticas. Desde o início do século XIX que numerosas estações meteorológicas têm registado a temperatura com recurso a termómetros. Desde meados do século XX que as concentrações de CO2 têm também sido registadas. Por fim, desde os anos 70, os satélites têm medido a radiação solar que entra na atmosfera terrestre e o calor irradiado pela Terra para o espaço exterior. Através da análise de amostras de gelo extraídas do fundo de glaciares e amostras de lama do fundo de lagos, os cientistas podem traçar as alterações climáticas que ocorreram em tempos mais remotos.

Estas observações levaram os cientistas a procurar encontrar as causas para as alterações do clima na Terra e a prever como é que ele se pode modificar no futuro. Uma vez que o sistema climático é tão vasto e complexo, os cientistas têm depositado grande confiança nos modelos climáticos.

 

Modelos climáticos

1. PERFURANDO EM BUSCA DE INFORMAÇÃO: A temperatura exterior é de -40ºC, por isso é necessário construir um abrigo quando se está a perfurar o gelo sobre a Antártida. Cientistas de vários países europeus têm  durante vários anos perfurado o gelo para alcançar uma profundidade de mais de 3 km. Conseguiram obter amostras de gelo formado à mais de 900,000 anos. Fotografia: Marzena Kaczmarska/NPI (prima para aumentar, 31 kB)

2. MODELOS: Um modelo é uma representação simplificada da realidade. O que os modelos têm em comum é o facto de simplificarem o que eles supostamente devem reproduzir ou descrever. Aqui está representado o modelo de uma molécula de ADN (que contém os nossos genes) e de um modelo de um edifício (o templo de Knossos na ilha de Creta). Imagem: Galeria Corel

Um modelo climático é geralmente um programa de computador onde os cientistas introduzem a informação que dispõem sobre como a radiação solar, os gases de efeito de estufa, a atmosfera, os solos, os gelos e os oceanos interagem e moldam o clima da Terra. Os modelos podem ser utilizados para investigar as causas possíveis das alterações climáticas observadas. Quando os cientistas incluem os efeitos quer de factores naturais, quer das actividades humanas durante os últimos cem anos, os modelos calculam alterações no clima que se assemelham às alterações climáticas observadas no mundo real.

 

Os modelos climáticos podem estimar o clima no futuro. Por exemplo, podem estimar alterações futuras na temperatura assumindo certas concentrações de gases de efeito de estufa, partículas, intensidade solar e outras condições que afectam o clima. Os modelos climáticos mais complicados exigem computadores com enorme capacidade e levam frequentemente meses a completar uma única simulação.

As estimativas dos modelos têm sempre alguma incerteza associada. Os modelos não só simplificam a realidade, mas também existem certos mecanismos que ainda não estão suficientemente compreendidos. Por exemplo, os cientistas ainda estão incertos quanto ao papel desempenhado pelas partículas em suspensão na atmosfera, pelas nuvens e pelos oceanos no aquecimento global. Esta é uma das razões porque os modelos climáticos não são capazes de prever o clima futuro com exactidão. Uma outra fonte importante de inexactidão nas previsões prende-se com a incerteza acerca da próprias emissões de gases de efeito de estufa e partículas.

A seguir está uma lista de ligações que descrevem algumas razões para a incerteza nas estimativas dos modelos: 

Quanto mais específica for uma previsão, maior a incerteza nela envolvida. Por exemplo, é muito mais difícil realizar previsões acerca de alterações climáticas num país específico que prever alterações para o planeta como um todo. Da mesma forma, um modelo pode não ser capaz de prever o ano exacto de determinadas alterações, mas pode indicar com elevada certeza um período de tempo para o qual essas alterações são mais prováveis. Apesar de ainda termos pela frente um trabalho árduo para avaliar a gravidade das influências humanas no clima futuro e para determinar onde e quando essas alterações terão lugar, poderemos estar virtualmente certos de que as nossas actividades têm originado alterações climáticas e que estas se continuarão a fazer sentir no futuro.

 


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Autor: Camilla Schreiner - CICERO (Center for International Climate and Environmental Research - Oslo) - Norway. Revisores científicos: Andreas Tjernshaugen - CICERO (Center for International Climate and Environmental Research - Oslo) - Norway - 2004-01-20 e Knut Alfsen - Statistics Norway - Norway - 2003-09-12. Revisor educacional: Nina Arnesen - Marienlyst school in Oslo - Norway - 2004-03-10. Última actualização: 2004-03-27. Versão portuguesa: João A. Santos.

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last updated 08.11.2004 20:54:12 | © ESPERE-ENC 2003 - 2013