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O homem e o clima
básico
1. Terão as alterações climáticas causa humana?
- O que está a acontecer ao clima?
- Como sabemos?
- De onde vêm as emissões?
2. Como será o futuro?
3. Como poderemos minorar os impactos humanos no clima?
mais
     
 

Como estamos a alterar o clima?

Básico

1. Terão as alterações climáticas causa humana?

 

De onde vêm as emissões?

Dos gases de efeito de estufa que emitimos, o CO2 é o que mais contribui para o efeito de estufa adicional induzido pelo Homem. Para além de emitirmos grandes quantidades deste gás, o seu tempo médio de vida na atmosfera é também muito longo.  Desde a Revolução Industrial que a humanidade tem libertado para a atmosfera largas quantidades de CO2 através do consumo de combustíveis fósseis, tais como o carvão, o petróleo e seus derivados e o gás natural.

 

 

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Os combustíveis fósseis são os mais importantes

Quase toda a emissão de CO2 relacionada com as actividades humanas resulta do consumo de combustíveis fósseis - carvão, derivados do petróleo e gás natural. Os combustíveis fósseis são formados a partir da decomposição de plantas e animais que morreram à milhões de anos atrás e que se sedimentaram muito abaixo da superfície dos continentes ou do fundo dos oceanos. Quando queimamos estes combustíveis não só se liberta energia, mas também CO2.

 

1. FONTES DE CO2 EMITIDO PELO CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS: Valores de 1995 referentes ao conjunto de todos os países europeus, com excepção dos estados pertencentes à ex-União Soviética. Fonte: base de dados Edgar (premir para aumentar, 35 kB)

Embora grande parte das emissões de CO2 provenham de fontes naturais, tais como vegetação em decomposição, são as emissões decorrentes das actividades humanas que desequilibram a sua concentração e que levam ao aquecimento global. Isto porque as emissões naturais são parte integrante de um ciclo onde o carbono circula entre a atmosfera, os oceanos, os solos e a vegetação. Por exemplo, quer as árvores em decomposição, quer a respiração de animais e pessoas são fontes de emissão de CO2, enquanto que as plantas vivas absorvem quantidades equivalentes de CO2 através da fotossíntese.

2. COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS: Uma central energética que produz electricidade a partir do carvão. Fotografia: Galeria Corel

Quando os combustíveis fósseis são queimados liberta-se dióxido de carbono para a atmosfera, o que constitui uma fonte extra que não fazia parte do ciclo natural do carbono. Isto porque o carbono provém de depósitos subterrâneos e desta forma teria permanecido armazenado durante muitos anos. Assim, a queima de carvão, petróleo e gás adiciona mais carbono ao ciclo natural. Isto conduz a um excedente de CO2 que permanece na atmosfera por muito tempo.

 

 

A desflorestação também contribui

A queima de madeira ou outros tipos de biomassa (organismos mortos) também liberta consideráveis quantidades de CO2. Todavia, se permitirmos que novas árvores ou plantas cresçam no lugar da floresta ou vegetação queimada, então as novas plantas irão absorver tanto CO2 quanto o que foi libertado na queimada. Assim, reequilibra-se novamente o ciclo do carbono.

Por outro lado, a desflorestação permanente conduz ao desequilíbrio do ciclo do carbono e acentua o efeito de estufa de variadas formas. Desflorestação significa corte de árvores - para a comercialização de madeiras, para combustível ou simplesmente para conversão da floresta em área agrícola ou de pastagem - sem substituição das árvores cortadas por novas. Independentemente de as árvores cortadas serem queimadas ou sujeitas à decomposição natural, elas emitirão CO2. Se não se plantarem novas árvores reduz-se a absorção do carbono libertado pelas árvores cortadas, o que levará a um aumento na concentração de CO2 na atmosfera.

 

3. FLORESTAS: A vegetação viva absorve o CO2 da atmosfera, enquanto que a combustão de madeira ou a decomposição das plantas liberta novamente o CO2 armazenado. Assim, o corte de árvores sem substituição por novas aumenta a concentração de CO2 na atmosfera. Se a madeira for utilizada como material de construção, a libertação de CO2 é apenas atrasada tanto tempo quanto a casa continuar de pé. Fotografia: Biblioteca Fotográfica da NOAA

O metano também é responsável

Ainda que o CO2 seja o mais importante gás de efeito de estufa - principalmente pela sua abundância - ele não é o único gás de efeito de estufa com o qual nos devemos preocupar. O metano (CH4) é também um gás de elevado efeito de estufa, apesar do seu tempo de vida na atmosfera ser muito mais curto que o do CO2. Tal como o CO2, o metano provém quer de fontes naturais quer das actividades humanas. As fontes naturais incluem a decomposição de plantas e pântanos, enquanto que actividades humanas que mais metano emitem são a agricultura, a criação de gado, as lixeiras e os aterros. Outros gases ainda contribuem para o efeito de estufa de causas humanas. Estes incluem o óxido de azoto (N2O) e vários compostos sintéticos com fluorina provenientes das actividades industriais (conhecidos por HFCs, PFCs e SF6).

 

 

Os países ricos emitem mais

Os países que mais emitem gases de efeito de estufa são ricos, países industrializados na Europa e nos Estados Unidos. As emissões per capita num país rico são várias vezes superiores às de um país pobre (ver figura 4). Não obstante, à medida que os países pobres se desenvolvem e melhoram os seus níveis de vida, passarão no futuro a emitir tremendamente mais que na actualidade. Hoje, a China é o segundo país do mundo com maior valor de emissões totais (a seguir aos Estados Unidos). A Índia aumentou as suas emissões em mais de 50% desde 1990 e ocupa agora o sexto lugar das emissões totais a nível mundial.

 

4. EMISSÕES: As barras indicam as toneladas de CO2 emitido por pessoa (per capita) em vários países. Fonte: IEA (prima para aumentar, 29 kB)

Esta é a última página desta unidade. Vá para as Fichas de trabalho.

 

  

Autor: Camilla Schreiner - CICERO (Center for International Climate and Environmental Research - Oslo) - Norway. Revisores científicos: Andreas Tjernshaugen - CICERO (Center for International Climate and Environmental Research - Oslo) - Norway - 2004-01-20 e Knut Alfsen - Statistics Norway - Norway - 2003-09-12. Revisor educacional: Nina Arnesen - Marienlyst school in Oslo - Norway - 2004-03-10. Última actualização: 2004-03-27. Versão portuguesa: João A. Santos.

 

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last updated 08.11.2004 20:55:32 | © ESPERE-ENC 2003 - 2013