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O homem e o clima
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1. Terão as alterações climáticas causa humana?
- Alterações nas concentrações
- Alterações no clima
- Inércia do clima
- Efeitos de realimentação
- Mudanças abruptas
2. Como será o futuro?
3. Como minorar os impactos humanos no futuro?
     
 

Como estamos a alterar o clima?

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1. Terão as alterações climáticas causa humana?

 

Mudanças abruptas

A história da Terra tem muitos exemplos de mudanças abruptas no clima. Durante a última Idade do Gelo, que terminou acerca de 10 000 anos, ocorreram alterações profundas no clima aproximadamente de 1000 em 1000 anos.

 

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Os cientistas têm extraído camadas de gelo a grandes profundidades na Groenlândia, depositadas aí à dezenas de milhares de anos. As análises mostraram que, em várias ocasiões, a temperatura média na Groenlândia sofreu alterações de 8-16 ºC num curto período de tempo - tão pequeno como uma década ou duas! O clima tem sido muito mais estável após a Idade do Gelo, ainda que com algumas variações importantes, como é o caso da "Pequena Idade do Gelo" na Europa (1400-1850).

 

Causas para as mudanças abruptas

Um aquecimento gradual da Terra - por exemplo, devido à um aumento na radiação solar recebida pelo planeta - pode levar a mudanças abruptas no sistema climático quando um determinado limiar é excedido. Por exemplo, as mudanças abruptas durante a última Idade do Gelo provavelmente ocorreram quando as torrentes de água doce, provenientes da fusão das grandes massas de gelo, deixaram de se escoar para os oceanos, dando início às correntes oceânicas no Atlântico Norte, responsáveis pelo transporte de calor para o Norte da Europa. Os cientistas pensam que é muito improvável que a intensidade das das correntes oceânicas sofra alterações tão dramáticas como as que ocorreram na Idade do Gelo.  Todavia, não podem excluir a possibilidade destas sofrerem rápidas alterações que conduzam a alterações climáticas profundas na Europa.

Uma outra causa possível para as mudanças bruscas é a enorme quantidade de metano (CH4) aprisionado nos solos gelados do Árctico. Se o permafrost derreter e o metano for libertado, poderá ocorrer um rápido aquecimento.

ABRUPTO: Temperatura de verão na Cordilheira Escandinava (Suécia), reconstruída para os últimos 10 000 anos. A curva mostra um arrefecimento muito brusco à aproximadamente 8 200 anos. Este evento pode também ser visto nas reconstruções da temperatura para outras localizações na Europa e nos núcleos de gelo da Groenlândia. Este episódio está provavelmente associado a mudanças nas correntes oceânicas, causadas pelo fluxo de grandes quantidades de água doce. Logo após a Idade do Gelo, quando as calotes polares ainda cobriam a América do Norte, a fusão destes gelos foi rápida e enormes quantidades de água doce foram libertadas. A reconstrução da temperatura foi possível porque os cientistas conhecem o ritmo de crescimento de algumas árvores dessa região em função da temperatura. A partir dos restos vegetais os cientistas determinaram a altura máxima, acima do nível do mar, onde se poderiam encontrar as árvores em diferentes períodos. Um limite mais elevado significa um período mais quente. Fonte: Dahl e Nesje, The Holocene 6(4) 381-398 (prima para aumentar, 21 kB)

 

Modelação das mudanças abruptas

Os modelos climáticos são mais apropriados para estimar mudanças graduais, resultantes de concentrações crescentes de gases de efeito de estufa, e são frequentemente incapazes de prever mudanças abruptas. A avaliação das probabilidades e consequências de alterações abruptas no clima é muito complexa e envolve elevadas incertezas, em parte devido ao não conhecimento preciso dos "limiares" ou das causas dessas mudanças. Assim, pouco se sabe acerca de quando, onde e como as alterações abruptas no clima poderão ocorrer.

Consequências das mudanças abruptas

Mudanças rápidas e imprevisíveis têm geralmente graves consequências. As mudanças abruptas não dão tempo ou oportunidade para nos prepararmos. Estas mudanças são particularmente sérias para a vida animal e vegetal, especialmente para espécies com grande longevidade, com pouca mobilidade, muito específicas de um determinado habitat ou com poucas possibilidades de adaptação rápida. Estas mudanças não dão tempo suficiente para as espécies se adaptarem aos novos habitats e, por isso, acabam por correr risco de extinção.

 

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Autor: Camilla Schreiner - CICERO (Center for International Climate and Environmental Research - Oslo) - Norway. Revisores científicos: Andreas Tjernshaugen - CICERO (Center for International Climate and Environmental Research - Oslo) - Norway - 2004-01-20 e Knut Alfsen - Statistics Norway - Norway - 2003-09-12. Revisor educacional: Nina Arnesen - Marienlyst school in Oslo - Norway - 2004-03-10. Última actualização: 2004-03-27. Versão portuguesa: João A. Santos.

 

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last updated 08.11.2004 22:22:24 | © ESPERE-ENC 2003 - 2013