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Condições meteorológicas
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Condições
meteorológicas

Básico

Sistemas de Alta Pressão, 
Sistemas de Baixa Pressão


 

 

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O ar move-se sempre das regiões de alta pressão para as regiões de baixa pressão, procurando atingir o equilibrio. No entanto, devido devido às forças de inércia causadas pela rotação da Terra (nomeadamente a força de Coriolis) o ar não se desloca em linha recta. Consequentemente, os ventos formam uma espiral: para dentro e para cima nos sistemas de baixa pressão, para baixo e para fora nos sistemas de alta pressão.   



 

1. O olho da tempestade, Furacão Elena
© Dreamtime, NASA's Multimedia Partner

2. Nos ciclones que se registam no hemisfério Norte, o vento move-se no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio na vizinhaça de um sistema de baixa pressão. No hemisfério Sul o sentido do vento é o contrário.
figura: volvooceanadventure ©

Os sistemas de baixa pressão – Os Ciclones

As regiões de ascenção do ar denominam-se de baixas, sistemas de baixa pressão, depressões ou ciclones. Condições de céu nublado, vento intenso, períodos de chuva, no Inverno de neve, instabilidade, com alterações rápidas nas condições de tempo ocorrem frequentemente nestas regiões.

Um sistema de baixa pressão desenvolve-se onde o ar relativamente quente e húmido ascende da superfície da Terra. Estes sistemas são de isóbaras (linhas de igual pressão) fechadas envolvendo uma região de pressão relativamente baixa .  
 
A atmosfera perto do centro do sistema de baixa pressão é instável. O ar, inicialmente quente e húmido, vai evoluir em espirais ascendentes provovando a descida da temperatura e a formação de nuvens que podem proporcionar a ocorrência de chuva ou neve.   
  
Nos sistemas de baixa pressão o ar, à superfície da Terra, converge para o centro da depressão. Se a pressão for muito baixa, o vento pode alcançar velocidade de tempestade ou de furacão. É por este facto que o termo ciclone é frequentemente aplicado nas tempestades e perturbações que assistem a tais sistemas de pressão, particularmente furacões tropicais especialmente violentos e tufões.




 

Ciclones Tropicais e das latitudes médias

Existem dois tipos de ciclones, que são diferentes na sua estrutura, mas também no seu desenvolvimento.


 Ciclones Tropicais


Os ciclones tropicais desenvolven-se sobre os Oceanos em massas de ar tropicais quentes e húmidas, na faixa latitudinal entre 20-25 graus Norte e Sul. São muito mais pequenos que os ciclones das latitudes médias; têm diâmetros da ordem de 100-1500 km. Como a pressão do ar no seu centro e o seu diâmetro são muito menores, a dimuição da pressão por unidade de distância (gradiente de pressão) é muito maior nos ciclones tropicais que nos ciclones das latitudes médias. Por esta razão, podem provocar ventos muito intensos: no furacões e tufões os ventos são da ordem de 33 m.s-1 (120 km.h-1), com o valor máximo registado de 104 m.s-1 (375 km.h-1) - registado no furacão Allan, 1980.

Os ciclones tropicais obtêm a energia que necessitam do calor latente de evaporação da água do Oceano, pelo que tendem gradualmente a dissipar-se à medida que se deslocam sobre as superfícies continentais, perdendo a sua fonte de energia.



Ciclones das latitudes médias



3. esquerda: O ciclone tropical Graham evoluindo no Oceano Pacifico
Fonte: www.gowilmington.com
4. direita: Imagens do satélite NOAA mostrando o ciclone tropical 03A movendo-se para Nordeste, sobre o Mar Arábico no sentido do Noroeste da India.
Fonte: weather.ou.edu
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5. esquerda: A forma como as frentes se desenvolvem na vizinhança de um sistema de baixa pressão.

6. direita: O desenvolvimento dos ciclones das latitudes médias a Norte do Equador (topo) e a Sul do Equador (baixo).

Fonte: volvooceanadventure ©

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Os ciclones das latitudes médias são alimentados energéticamente pela grande diferença de temperatura na Atmosfera: desenvolvem-se quando massas de ar com diferente temperatura se encontram. O ar não se mistura facilmente obrigando a massa de ar a temperatura mais elevada a subir sobre a outra causando a formação de uma frente (veja também o Capitulo 3).

Os ciclones das latitudes médias são muito mais extensos que os tropicais, apresentando diâmetros da ordem de 1000-4000 km, mas registam-se valores mais baixos de velocidade do vento: os valores máximos são da ordem de 30 m.s-1 (110 km.h-1).



 


Sistemas de alta pressão - anticiclones

Regiões de subsidência do ar denominam-se de altas, sistemas de alta pressão ou anticiclones. Habitualmente fazem-se acompanhar de boas condições meteorológicas com alguma duração.

Comparando com os sistemas de baixa pressão, os anticiclones cobrem uma área muito maior, movem-se mais lentamente e têm uma vida mais longa. 

Os Anticiclones são produzidos por uma vasta massa de ar descendente. À medida que o ar desce sob condições de alta pressão, o ar aquece e a humidade relativa diminui provocando a evaporação das gotículas de água em suspensão no ar.

7. Nos anticiclones do hemisfério Norte, o vento move-se no sentido dos ponteiros do relógio na vizinhança do um centro de altas pressões. No hemisfério Sul o sentido do vento é o oposto (veja também a Figura 2).
Fonte: www.geologia.com
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O ar quente e descendente torna a Atmosfera estável, pelo que o ar à superfície não pode ascender antes que o movimento cesse. Estas condições impedem a formação de nuvens. Por estas razões os anticiclones estão associados a condições de tempo quente, seco e sem nebulosidade, particularmente no Verão (frio no Inverno), que habitualmente prevalece durante alguns dias ou mesmo semanas.

Os anticiclones são muito mais extensos que os ciclones e podem bloquear a trajectória das depressões, constrangindo-as a trajectórias diferentes: travando a progressão do mau tempo ou forçando-o a circundar o centro de alta pressão. Um anticiclone que persista por um longo período denomina-se de "anticiclone de bloqueio", podendo levar a longos períodos de tempo muito quente e seco e mesmo a períodos de seca durante os meses de Verão ou a períodos de frio extremo durante o Inverno.


8. Anticiclone sobre França
Ceu limpo, bom tempo
Fonte: Passion Meteo
Fotografia de um satélite NOAA

 


 

Sobre esta página:
Autor: Vera Schlanger - Hungarian Meteorological Service
Revisão científica: Dr. Ildikó Dobi Wantuch / Dr. Elena Kalmár - Hungarian Meteorological Service, Budapest
Última actualização: 2004-02-23
Traduzido por Mário Pereira - Dep. de Física, UTAD, Portugal
 
Leitura adicional:
www.bom.gov.au
www.scalloway.org.uk
www.geocities.com
www.wxresearch.org
www.volvooceanadventure.org
www.ace.mmu.ac.uk
www.docm.mmu.ac.uk
www.ecn.ac.uk

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