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Oceanos
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Oscilação Norte-Atlântica
A oscilação Norte-Atlântica é um dos mais velhos processos meteorológicos conhecidos. Ela rege os invernos da Europa do Norte, que serão ou húmidos e quentes ou frios e secos. Não sabemos realmente o que governa esta oscilação, nem como ela corre o risco de ser modificada através do aquecimento do clima.
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Pressão atmosférica
A pressão atmosférica à superfície terrestre é diferente consoante o local. Isto é devido, em parte, a exposição da superfície em causa à radiação solar. Quando o Sol aquece a superfície terrestre, o ar imediatamente acima aquece também, torna-se menos denso, dilata-se e sobe. O ar mais acima é empurrado ainda mais alto é estende-se horizontalmente nas camadas mais altas da troposfera. Devido a este movimento horizontal, nota-se uma diminuição da quantidade de ar acima da superfície e a pressão torna-se mais baixa. Quando o ar sobe alto na atmosfera, arrefece e, por consequência, torna-se mais denso e desce. Nestas zonas há cada vez mais ar e forma-se uma região de alta pressão. No nosso planeta, o ar desloca-se das zonas de alta pressão para as zonas de baixa pressão para equilibrar estas diferenças de pressão, o que permite a formação dos ventos e da circulação atmosférica. |
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1. Esta figura mostra os grandes padrões da circulação atmosférica e as principais bandas de alta e baixa pressões a volta da Terra. As "células" de pressão entre o equador e as latitudes 30ºN e 30ºS são chamadas células de Hadley, em homenagem a George Hadley que tinha sugerido a existência destas células em 1735. As células de Hadley transportam calor do equador para as regiões temperadas e polares mais frias. Prima sobre a figura da NASA para aumentar (32 KB).
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A volta da Terra existem várias bandas principais onde se nota uma predominância de pressões baixas ou altas. No equador, o aquecimento por radiação solar força o ar a subir alto na atmosfera e que permite a formação de uma zona de baixa pressão. Este ar desce para a superfície da Terra nas latitudes 30ºN e 30ºS formando, nestes locais, bandas de alta pressão. Nas latitudes 60ºN e 60ºS, aproximadamente, o ar frio e denso que desce dos pólos encontra ar mais quente por estar mais próximo do equador. Este ar quente e menos denso é obrigado a subir formando, assim, zonas de baixa pressão. Depois, este ar quente, arrefece e desce para a superfície, a volta dos pólos criando zonas de alta pressão.
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Oscilação Norte-Atlântica
As diferenças de pressão entre os Açores a ~30ºN (38ºN exactamente) e a Islândia a ~60ºN (65ºN exactamente) formam um dos mais velhos processos meteorológicos conhecidos: a oscilação Norte-Atlântica (NAO do inglês). A NAO é mais importante no inverno e apresenta duas fases. Cada fase é responsável por condições meteorológicas distintas a volta do Atlântico Norte. As colheitas agrícolas, os recursos de água e de energia e a pesca são todos directamente afectados pelas fases desta oscilação. Ela governa, mesmo, o local de formação de novas águas profundas e influencia, assim, a circulação termohalina.
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2. Esta figura mostra o índice da oscilação Norte-Atlântica ao longo dos últimos 200 anos. Até ao ano de 1900, aproximadamente, notou-se uma alteração do índice da NAO todos os anos; mas desde o início do século 20 revelou-se principalmente positivo e acabou por causar invernos húmidos e quentes na Europa do Norte. Não sabemos se esta alteração é devida, simplesmente, às variações naturais do clima ou se a influência dos humanos, através do aquecimento planetário, provocou uma substancial mudança no funcionamento natural deste fenómeno climático. Obrigado ao Dr. Tim Osborn da Climatic Research Unit, University of East Anglia, Norwich, U. K. para a cedência desta figura.
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Fase positiva do índice da NAO
Os invernos da fase positiva da NAO produzem-se quando existe uma forte diferença de pressão entre os Açores e a Islândia. Por consequência, fortes e mais numerosas tempestades invernais atravessam o Atlântico na direcção nordeste. Estas tempestades transportam calor do oceano para a metade norte da Europa ocidental e, aí, resultam invernos húmidos e moderados com ventos violentos, enquanto que as regiões da bacia mediterrânica ficam relativamente protegidas das tempestades e sujeitas a invernos mais frios e secos. Fortes ventos de origem polar descem para o noroeste permitindo a formação de uma nova água profunda e tornam os invernos secos e frios no Canada e na Gronelândia. Estes ventos não afectam o Mar de Gronelândia e esta região não arrefece tanto, o que reduz localmente a formação da água profunda.
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Fase negativa do índice da NAO
Os invernos desta fase negativa da NAO produzem-se quando a diferença de pressão entra os Açores e a Islândia é fraca. As tempestades invernais são, então, pouco numerosas e menos fortes. Os ventos resultantes tomam uma direcção mais orientada para sul e transportam, assim, ar quente e húmido para a bacia mediterrânica. Ar frio vindo do norte e de leste pode, assim, descer para a Europa do norte. Estes ventos do norte frio viajam do polo para o Mar de Gronelândia e arrefece suficientemente a água permitindo-lhe de se afundar; uma nova água profunda pode, então, formar-se aí. |
O que controla a NAO?
Até hoje, não se sabe porquê que a NAO pode estar numa fase positiva ou negativa. Quando os processos meteorológicos são unicamente devido a efeitos atmosféricos, duram alguns segundos a algumas semanas. A fase da NAO é constante e pode durar um ou vários anos. Isto indica que o oceano, que apresenta mais inércia que a atmosfera, tem um papel importante de controlo. Graças aos modelos informáticos, pensa-se que a NAO é uma resposta a lentas alterações das temperaturas planetárias que parecem ser mais importantes a volta do equador. Os ventos estratosféricos poderiam, igualmente, ter uma influência sobre o clima do Atlântico Norte.
Aquecimento climático
A oscilação norte atlântica é uma parte importante dos estudos sobre o aquecimento do clima. Estes últimos anos mostraram uma forte tendência às fases positivas.
About this page:
autor: Lucinda Spokes - Environmental Sciences, University of East Anglia, Norwich - U.K. 1. sci. reviewer: Dr. Tim Osborn - Climatic Research Unit, University of East Anglia, Norwich - U.K. 2. sci. reviewer: edu. reviewer: last updated: 2004-06-22 by EU
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