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Oceanos
básico
1. Oceanos e clima
2. Nutrientes oceânicos
- Fitoplâncton e nutrientes
- Crescimento do fitoplâncton
- Eutrofização
3. Gases produzidos pelo fitoplâncton
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Oceanos

Básico

O Ciclo Sazonal do Crescimento do Fitoplâncton

O fitoplâncton tem um ciclo de crescimento sazonal bem definido, no oceanos temperados e polares. Este ciclo é uma função de processos físicos, biológicos e químicos.

1. Ciclo sazonal do fitoplâncton nos oceanos temperados do hemisfério norte. Este ciclo apresenta um pico de crescimento do plâncton durante a primavera, quando a luz solar e os nutrimentos existem em abundância. Um segundo pico observa-se no outono. Estes fortes crescimentos do fitoplâncton são chamados florescência (blooms). Autor Lucinda Spokes.

 

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A densidade da água do mar é uma função da sua temperatura e da sua salinidade. Quando a temperatura da água aumenta, resultante da insolação, as moléculas da água agitam-se e, assim o espaço entre elas aumenta e, por consequência, a densidade diminui. Quando a temperatura diminui, as moléculas de água apresentam-se menos energéticas, não conseguem movimentar-se demasiado e ficam mais próximas umas das outras. Terá lugar, então, a formação de mais ligações de hidrogénio e, por consequência, a densidade aumenta.

A salinidade da água é uma medida da quantidade de sal dissolvido nessa água. Existem vários tipos de sais na água do mar. Aquele que se encontra em maiores quantidades é o conhecido cloreto de sódio (sal de mesa), mas existem outros compostos químicos dissolvidos na água do mar que têm uma influência importante sobre a salinidade. A vaporização da água do mar faz aumentar a sua densidade, em quanto que, a água trazida pela chuva e pelos rios faz diminuir a densidade. Estas mudanças de temperatura e de salinidade nos oceanos criam várias camadas de água que apresentam diferentes densidades. As águas menos densas flutuam acima das águas mais densas.

Veremos, nesta unidade, os processos que influenciam o crescimento do fitoplâncton e a importância da temperatura da água nas alterações da estrutura vertical das primeiras centenas de metros do oceano.

 

 

Os círculos pretos representam os nutrimentos e os círculos verdes representam o fitoplâncton.

Na primavera

Na primavera, o Sol aquece as águas superficiais do oceano e as torna menos densas. Esta água quente flutua acima de águas mais frias e mais densas, o que é normal, e estas águas de temperaturas diferentes quase não se misturam. Isto implica que o fitoplâncton que se desenvolve, permanece à superfície. Aí, ele encontra luz e nutrimentos em abundância, porque estes últimos sobem para a superfície vindas das águas profundas durante o inverno. Estas condições são ideais para o crescimento do fitoplâncton. Observa-se, então, um aumento rápido da quantidade de fitoplâncton chamado florescência (bloom) de primavera.

No verão

Como o fitoplâncton desenvolve-se, ele esgota os nutrimentos presentes nas águas superficiais. Nesta altura há muita pouca mistura destas águas quentes superficiais com as águas mais frias abaixo delas e o fitoplâncton, neste caso, pára o seu crescimento quando todos os nutrimentos disponíveis são consumidos. A remineralização dos nutrimentos nas águas superficiais e a transferência destes da atmosfera para o oceano permitem, de certo modo, o crescimento do fitoplâncton, mas não se pode considerar que o verão seja uma estação particularmente activa, do ponto de vista biológico, em relação à primavera.

 

No outono

Os dias tornam-se mais curtos e o Sol aquece cada vez menos a água. Nesta altura do ano, as águas superficiais arrefecem e a suas densidades aumentam e aproximam-se dos valores das densidades das águas que se encontram abaixo. Isto provoca uma certa mistura das águas e, por consequência, nota-se um aumento de nutrimentos à superfície. A luz ainda é suficiente para desencadear a fotossíntese e, portanto, uma pequena florescência (bloom) do outono produz-se, as vezes.

 

2. Representação esquemática da influência das alterações sazonais da temperatura do mar na estrutura das primeiras centenas de metros do oceano. Autor: Lucinda Spokes baseada na ideia original de Stephanie Henson, SOC, Southampton University.

No inverno

Durante o inverno, o Sol aquece cada vez menos as águas superficiais que se tornam, por consequência, ainda mais frias e, isto faz aumentar as suas densidades. Estas águas superficiais podem, então, misturar-se com as águas abaixo delas. Este processo de mistura traz à superfície nutrimentos vindos das águas profundas. Mesmo havendo nutrimentos em abundância, a pouca luz solar incidente não é suficiente para desencadear a fotossíntese do fitoplâncton, que não se desenvolve muito.

 

 

No trópicos, o ciclo sazonal não é muito pronunciado, porque a intensidade da luz solar não varia muito ao longo dos meses, isto implica que o fitoplâncton pode desenvolver-se durante todo o ano.

 

About this page:
autor: Lucinda Spokes - Environmental Sciences, University of East Anglia, Norwich - U.K.
1. sci. reviewer: Prof. Tim Jickells - Environmental Sciences, University of East Anglia, Norwich - U.K.
2. sci. reviewer: Dr. Keith Weston - Environmental Sciences, University of East Anglia, Norwich - U.K.
edu. reviewer:
last updated: 2003-10-16


 

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