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Condições meteorológicas
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NAO
Oscilação do Atlântico Norte, North Atlantic Oscillation (NAO) em inglês.
A variabilidade climática na região do Atlântico Norte incluí três processos principais mas interligados:
- a Variabilidade do Atlântico Tropical
- a Oscilação do Atlântico Norte
- a Circulação Meridional de Retorno do Atlântico .
A NAO é uma flutuação na diferença da pressão ao nível do mar entre a Depressão da Islândia e do Anticiclone dos Açores. A denominação foi utilizada pela primeira Vez Por G. T. Walker em 1924.
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A história da NAO
A história do NAO é bastante longa: o missionário Hans Egede Saabye fez uma observação no seu diário de 1770 a 78: "Quando o Inverno na Dinamarca era severo, tal como nos apercebemos, o inverno na Groenlândia era moderado, e reciprocamente." Simultaneamente, flutuações coerentes na temperaturas, precipitação e pressão ao nível do mar foram sendo registadas, em locais tão a Este quanto a Europa Central, tão a Sul como a África Ocidental Subtropical e tão a Oeste como a América do Norte.
As flutuações de NAO influênciam o clima da América do Norte à Sibéria e do Oceano Ártico ao equador.
O índice NAO
A intensidade da NAO é descrita pelo índice da NAO. O índice da NAO é a diferença de pressão ao nível do mar entre duas estações meteorológicas situadas perto dos centros da depressão da Islândia e do Anticiclone dos Açores. A estação de Stykkisholmur (na Islândia) é usado como a estação a Norte enquanto que as estações de Ponta Delgada (Açores), Lisboa (Portugal Continental) ou Gibraltar podem ser utilizada como a estação a Sul.
Um tal índice, tão simples, não pode ter em conta a possibilidade de os centros de acção do padrão actual não coincidam com estas estações, ou pode não conseguir capturar as variações sazonais com a devida precisão. Contudo, tal como se define, um tal índice apresenta uma vantagem fundamental que consiste na existência de registos que se estendem até, pelo menos, 1864. Quando se correlaciona o índice com dados de pressão à superfície em nós de uma rede surge o padrão dipolar norte-sul que define o padrão espacial da NAO. |
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1. Fonte: http://www.ldeo.columbia.edu/ res/pi/NAO/
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A fase positiva do índice NAO é caracterizada por um centro de altas pressões subtropical mais intenso que o habitual e uma depressão mais cavada que o normal sobre a Islândia. O aumento da diferença de pressão resulta num maior número e mais intensas tempestades de Inverno a atravessar o Oceano Atlântico numa trajectória mais a Norte. Nestas condições, os invernos na Europa são mais amenos e mais húmidos enquanto que no Canada e Gronelândia são mais secos e frios. Neste caso, a região Leste dos EUA verificam invernos húmidos e amenos. Por exemplo, os Invernos/Primaveras de 1989, 1990 e 1995 foram provocados por um deslocamento do ar sobre o Ártico e Gronelândia para a cintura subtropical junto ao arquipélado dos Açores e Peninsula Ibérica, intensificando os ventos de Oeste sobre o Norte do Ocenao Atlântico. Ventos de Oeste mais intensos transportam mais humidade sobre o Continente Europeu dando origem a invernos maritimos mais amenos. |
A fase negativa do índice NAO revela o anticiclone subtropical e a depressão da Islândia pouco intensos. A redução do gradiente de pressão resulta num menor número de tempestades, de menor intensidade e com trajectória mais zonal (Oeste-Este). Esta circulação transporta ar húmido para a região Mediterrânica e ar frio com possibilidade de queda de neve mais a Norte. No entanto a Gronelândia verificará temperaturas de inverno mais amenas. Os Invernos/Primaveras em que severificaram baixos valores do índice NAO como os de 1917, 1936, 1963 e 1969 caracterizaram-se por ventos de Oeste menos intensos que a média sobre o Norte do Oceano Atlântico verificando a Europa Invernos mais frios que a média.
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2. Fonte: http://www.ldeo.columbia.edu/ res/pi/NAO/
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A intensificação ou enfraquecimento dos ventos de Oeste têm impactos significativos nos ecossistemas oceanicos, sobre alguns continentais e em última análise nas reservas de peixe do Atlântico Norte.
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3. Fonte: http://www.ldeo.columbia.edu/res/pi/NAO/
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O índice NAO de Inverno é definido como diferença da anomalia da pressão do centro da depressão polar e do anticiclone subtropical durante a estação do Inverno (Dezembro a Março).
O índice NAO tem revelado uma variabilidade consideravel nos últimos 100 anos. Desde o início do seculo XX até cerca de 1930 (exceptunado os invernos de 1916 e 1919), o índice NAO manteve-se elevado e ventos com intensidade tão acima da média transportaram a influencia moderadora do oceano sobre a Europa contribuindo para a temperatura acima da média nesta região durante este período. Do princípio da década de 1940 até ao princípio da década de 1970, o índice NAO apresentou uma tendência decrescente a que correspondeu um período em que a tempertaura de inverno na Europa foram frequentemente abaixo da média. Um aumento significativo verificou-se nos últimos 25 anos. Desde 1980, o índioce NAO de inverno tem-se mantido numa fase positiva intensa e veridficado uma tendência positiva de forma que no final do século XX o índice apresentava os mais elevados valores alguma vez registados (excepto 1996). Esta situação tem contribuido para o aquecimento observado no Hemisfério Norte nas duas últimas décadas. |
Sobre esta página:
Autor: Sándor Szalai - Hungarian Meteorological Service REvisão científica: Dr. Ildikó Dobi Wantuch / Dr. Elena Kalmár - Hungarian Meteorological Service, Budapest Última actualização: 2003-10-28 Traduzido por Mário Pereira - Dep. de Física, UTAD, Portugal
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Referências:
http://www.met.rdg.ac.uk/cag/NAO
Marshall, J. et al., 2001: Nort Atlantic climate variability: phenomena, impacts and mechanisms. Int’l Journal of Climatology, 1863-1898 pp.
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