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Oceanos
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Os Oceanos

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Os Gases de Enxofre

Sulfureto de dimetilo (CH3-S-CH3)

Um dos gases mais importantes, libertados pelos oceanos para a atmosfera, é o sulfureto de dimetilo (DMS). Este gás é um dos componentes químicos responsáveis pelo cheiro característico do mar.

 

 

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O DMS é produzido através da transformação do produto químico chamado DMSP ”dimethyl sulphoniopropionate” que se encontra em muitas espécies de fitoplâncton. Pensava-se que o fitoplâncton produzia o DMSP para sobreviver em águas salgadas oceânicas mas, agora pensa-se que o fitoplâncton utiliza o DMSP para conseguir sobreviver em águas muito frias e, talvez para não servir de alimento para outros animais. Nem todo o fitoplâncton produz o DMSP e nem se sabe até ao momento porque é que só algumas espécies o produzem. Um tipo de fitoplâncton, os cocolitoforídeos, é um importante produtor de DMSP e possui um esqueleto de carbonato de cálcio.

 

1. O cocolitoforídeo por Emiliania Huxleyi. Imagem da NOAA.

 

Esta imagem mostra o cocolitoforídeo, Emiliania Huxleyi. Este fitoplâncton marinho e unicelular envolve-se por completo numa estrutura formada por 30 armaduras laminares (ou cocólitos) constituída pelo carbonato de cálcio. Cada cocólito apresenta um diâmetro de apenas 0,003 mm.

 

Quando o fitoplâncton é infectado, morto ou consumido por outras espécies, o DMSP transforma-se em DMS. A maior parte deste DMS permanece na água do mar até ser consumido por bactérias ou transformar-se noutro composto químico e, só uma pequena parte escapa para a atmosfera.

O DMS é um composto químico resultante da transformação de outro composto químico fabricado biologicamente,  as suas emissões ocorrem na primavera, verão e outono quando o fitoplâncton se encontra em crescimento. As emissões sucedem tanto nas águas costeiras como em alto mar e, como é evidente, essas emissões acontecem com mais frequência e intensidade nas zonas de crescimento do fitoplâncton. Grandes quantidades de DMS são emitidas no nordeste do oceano Atlântico e no mar de Béringue no norte do oceano Pacífico onde são vistas, com regularidade, grandes plumas de cocolitoforídeos. Grandes quantidades de DMS escapam das águas costeiras europeias para a atmosfera.

2. As plumas de cocolitoforídeos por Emiliania Huxleyi (grandes quantidades deste organismo) visíveis nas águas do mar e podem ser detectadas por satélites partir do espaço. A cor verde turquesa representa a pluma de cocolitoforídeos observada no mar de Béringue pelo satélite SeaWiFS da NASA.

O enxofre é imitido por fontes naturais e é produzido durante a queima, pelos humanos, de combustíveis fósseis. Assim, o minúsculo fitoplâncton, que se pode observar na figura acima, é tanto importante para o nosso clima como as grandes centrais eléctricas que produzem a maior parte da energia eléctrica usada por nós. A maior parte de enxofre presente na atmosfera; nas regiões remotas longe das actividades humanas, provem do DMS libertado pela água do mar. Estima-se que, todos os anos, entre 20 a 50 milhões de toneladas de enxofre alcança a atmosfera vinda das águas oceânicas.

 

About this page:
author: Lucinda Spokes - Environmental Sciences, University of East Anglia, Norwich - U.K.
1. sci. reviewer: Dr. Sue Turner - Environmental Sciences, University of East Anglia, Norwich - U.K.
2. sci. reviewer:
edu. reviewer:
last updated: 2003-10-01

 

 

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