Primeiro, os cientistas avaliam o estado do conhecimento científico acerca as alterações climáticas e elaboram um sumário dos principais resultados. De seguida, os representantes governamentais de todo o mundo trabalham com os cientistas na simplificação e condensação dos conteúdos de forma a serem facilmente utilizados pelos políticos. É assim que todos os países do mundo chegam a um consenso, com base científica, sobre o problema das alterações climáticas.
Os relatórios do IPCC são a base das negociações para acordos internacionais, tais como o UNFCCC ("Convenção do Clima") e o Protocolo de Kyoto (ver unidade seguinte).
Aproximadamente de cinco em cinco anos o IPCC divulga um relatório com as contribuições de vários grupos de trabalho. O terceiro relatório ("Third Assessment Report - TAR") foi publicado em 2001. O TAR dá grande ênfase à explicação dos graus de certeza de cada resultado e nos pontos onde os cientistas concordam e discordam. Muitas das conclusões estão ordenadas por graus de certeza, ou incerteza. A escala varia de "virtualmente certo" para "incerto".
O IPCC conclui que a temperatura média global na superfície do globo aumentou 0.6 ºC nos últimos cem anos e afirma que é "provável" que as actividades humanas tenham causado grande parte deste aquecimento nos últimos 30-40 anos pela emissão de gases de efeito de estufa. Este painel conclui ainda que hoje, mais que nunca, estamos mais certos que as actividades humanas contribuem significativamente para o aquecimento global.
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