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O homem e o clima
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1. Terão as alterações climáticas causa humana?
2. Como será o futuro?
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- Vulnerabilidade e adaptação
3. Como minorar os impactos humanos no futuro?
     
 

Como estamos a alterar o clima?

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2. Como serão as condições num planeta aquecido?

 

Vulnerabilidade e adaptação

O grau com que um país é afectado depende, naturalmente, de como este está exposto às alterações climáticas. Por exemplo, um país sem linha de costa não estará directamente exposto à subida do nível médio do mar. É também improvável que o Norte da Europa fique muito exposto a secas prolongadas. Mas, a intensidade com que um país será atingido depende não só de alterações específicas, mas também da sua capacidade de as enfrentar ou de se adaptar a elas. Dito de outra forma, o impacto resultante das alterações climáticas num país depende quer da sua vulnerabilidade, quer da sua capacidade adaptativa.

 

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A vulnerabilidade refere-se à facilidade com que um país pode ser afectado pelas alterações climáticas. Por outro lado, a capacidade adaptativa refere-se ao grau de preparação da sociedade para dar resposta às alterações climáticas.

Deste modo, uma sociedade vulnerável e com pouca capacidade adaptativa sofrerá mais que uma sociedade menos vulnerável e com maior capacidade adaptativa. Acontece frequentemente que os países pobres são simultaneamente os mais vulneráveis e os que têm menores capacidades adaptativas.

Exemplo: Vulnerabilidade à subida do nível do mar

Hoje, 46 milhões de pessoas vivem em áreas de cheia. Uma subida de meio metro no nível do mar colocará as vidas de 92 milhões de pessoas em risco e uma subida de um metro aumenta este número para 118 milhões (sem ter em consideração o crescimento populacional).

As perdas de terra arável podem ser significativas em áreas costeiras e ilhas, particularmente nas regiões baixas junto ao mar, como é o caso da Holanda, da Dinamarca, das Maldivas e do Bangladesh.
 

Apesar de a Dinamarca e a Holanda serem ambos países ricos, existem diferenças na sua vulnerabilidade. Comparada com a Dinamarca, a Holanda tem uma costa mais curta para proteger, tem um sistema de diques bem desenvolvido e uma grande experiência científica nesta temática. Assim, a Dinamarca é mais vulnerável que a Holanda. Contudo, porque ambos os países são ricos, ambos têm boas possibilidades de construir diques e de tomar medidas para limitar os prejuízos económicos e as perdas de vidas humanas decorrentes da subida do nível do mar.

1. Muitas áreas costeiras de baixa altitude e ilhas estão expostas à subida do nível do mar. Fotografia: Biblioteca Central da NOAA.


Em contraste, a agricultura é a principal actividade económica do Bangladesh e este é um dos países mais pobres e densamente povoados do mundo. Este país está frequentemente exposto a cheias que ceifam vidas humanas. Uma subida do nível médio do mar coloca uma grande quantidade de pessoas e uma vasta área em risco. Dado que a economia do país e o acesso à comida dependem da agricultura, o Bangladesh é muito vulnerável às cheias. Ainda mais, um país pobre como o Bangladesh tem pouca capacidade adaptativa e não pode suportar a construção de diques e outras estruturas que o preparem para a subida do nível do mar. O Bangladesh poderá assim ser seriamente afectado em termos materiais e humanos.

 

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Autor: Camilla Schreiner - CICERO (Center for International Climate and Environmental Research - Oslo) - Norway. Revisores científicos: Andreas Tjernshaugen - CICERO (Center for International Climate and Environmental Research - Oslo) - Norway - 2004-01-20 e Knut Alfsen - Statistics Norway - Norway - 2003-09-12. Revisor educacional: Nina Arnesen - Marienlyst school in Oslo - Norway - 2004-03-10. Última actualização: 2004-03-27. Versão portuguesa: João A. Santos.

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last updated 09.11.2004 06:39:47 | © ESPERE-ENC 2003 - 2013