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O homem e o clima
básico
1. Terão as alterações climáticas causa humana?
2. Como será o futuro?
- Exemplo 1: Europa
- Exemplo 2: Índia
- Consequências para as pessoas
3. Como poderemos minorar os impactos humanos no clima?
mais
     
 

Como estamos a alterar o clima?

Básico

2. Como serão as condições num planeta aquecido?

Um clima global mais quente significará definitivamente mais do que apenas mais transpiração! Podem, por exemplo, ocorrer alterações nos padrões do vento e da precipitação, sem esquecer a subida inevitável do nível dos oceanos e mares. Estas alterações afectarão animais e plantas, bem como a própria vida humana - consequências negativas na nossa saúde e graves prejuízos económicos (por exemplo, danos nas actividades agrícolas) e na economia em geral  terão forte impacto nas nossas sociedades.

 

 

 

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Alterações climáticas

O clima futuro será parcialmente determinado pela quantidade de gases de efeito de estufa que emitirmos, o que é por outro lado determinado pelo crescimento populacional, pela utilização de combustíveis fósseis, etc. O Painel Internacional para as Alterações Climáticas (IPCC) (ler mais acerca do IPCC aqui) tem identificado potenciais alterações climáticas. Se não tomarmos medidas para limitar as emissões de gases de efeito de estufa, o IPCC afirma que em 2100 podemos esperar:


 

1. TROVÕES E RELÂMPAGOS: As alterações climáticas deverão conduzir a mais condições atmosféricas extremas, tal como trovoadas intensas. Fotografia: Biblioteca Fotográfica da NOAA (prima para aumentar, 48 kB)
 

  • a temperatura média da superfície do globo aumente 1.4–5.8 °C comparada com os valores registados em 1990
  • o nível do mar suba de 9 a 88 cm
  • 5–20% mais precipitação
  • condições atmosféricas extremas mais frequentes, tais como precipitações tormentosas e ondas de calor, que levarão à ocorrência de cheias, deslizamentos de terras, secas e fogos florestais sem precedentes
  • alterações nas direcções do vento e das correntes oceânicas, o que poderá ter consequências muito nefastas sobre vastas regiões.

(Ler mais acerca dos cenários futuros do IPCC aqui)

A razão pela qual os cientistas não sabem se a temperatura subirá pouco mais de um grau ou mais de seis graus é porque, primeiro, eles não conhecem à partida a forma como as emissões irão evoluir no futuro e, segundo, ainda existem muitas incertezas sobre a sensibilidade do clima da Terra às emissões de gases de efeito de estufa.

Ainda mais, os números indicados acima são médias globais (para o planeta inteiro). Isto significa que alguns locais podem aquecer ainda mais, enquanto que outros podem sofrer pequenas alterações ou mesmo arrefecer. Todavia, a amplitude das alterações climáticas num dado país tem pouco a ver com as suas próprias emissões. Os gases de efeito de estufa estão bem misturados com os restantes constituintes do ar. Depois de emitidos eles não permanecem no mesmo lugar; em vez disso, espalham-se por toda a atmosfera. Uma vez na atmosfera, permanecem aí por um longo período de tempo. Esta é a razão pela qual os países que mais emitem não serão necessariamente os que mais sofrerão com o aquecimento global. As consequências mais sérias de um efeito de estufa incrementado poderão simplesmente ocorrer em locais muito distantes das principais fontes de emissão.
  

Quais serão as consequências?

Os impactos do aquecimento global irão variar de lugar para lugar. As condições atmosféricas poderão tornar-se mais secas ou húmidas, mais quentes ou frias, mais ventosas ou menos ventosas, dependendo do lugar. A Europa deverá tornar-se de uma forma geral mais quente. A Europa do Norte, Leste e Central deverá ter mais precipitação e com maiores intensidades, transformando as inundações num verdadeiro problema. Ao mesmo tempo são esperadas secas mais frequentes na Europa do Sul devido a uma projectada diminuição na precipitação e a um aumento na evaporação. Os mapas mostram como o clima da Europa poderá mudar no futuro.

 

 

2. EUROPA MAIS QUENTE: Como se podem alterar as temperaturas na Europa durante este século devido ao aquecimento global. O mapa da esquerda mostra as temperaturas médias anuais, medidas com termómetros, durante o período 1961-1990. O mapa da direita mostra como poderão ser as temperaturas médias anuais no período 2070-2100, de acordo com um modelo climático. Os valores encerram alguma incerteza e outro modelo poderá levar a resultados um pouco diferentes. Os resultados também dependem das quantidades de gases de efeito de estufa emitidos para a atmosfera. Fonte: Sweclim/Naturvardsverket http://www.naturvardsverket.se/index.php3?main=/dokument/fororen/klimat/klimat/varmare.html (prima para aumentar, 79 kB)

 

 

3. HÚMIDA E SECA: Como se pode alterar a precipitação (chuva e neve) na Europa durante este século devido ao aquecimento global. O mapa da esquerda mostra alterações na precipitação de Inverno. O mapa da direita mostra alterações na precipitação de verão. Estes mapas são elaborados a partir das projecções de modelos climáticos. Os valores têm alguma incerteza e podem ser obtidos resultados distintos com outros modelos climáticos. Estes valores também dependem das quantidades de gases de efeito de estufa emitidos para a atmosfera. Fonte: Sweclim/Naturvardsverket http://www.naturvardsverket.se/index.php3?main=/dokument/fororen/klimat/klimat/varmare.html (prima para aumentar, 65 kB)

 

Os animais e as plantas devem encontrar novos locais para viver

Alterações no clima também afectam as condições de vida de animais e plantas - quer para espécies individuais ou para ecossistemas inteiros. Muitas espécies não terão sucesso se os seus habitats se tornarem mais secos, mais frios, mais húmidos ou mais quentes. Algumas migrarão para novos habitats, outras poderão desaparecer definitivamente. As espécies mais vulneráveis são aquelas que estão especificamente adaptadas a áreas restritas. Um clima mais quente causará a migração de espécies na direcção dos pólos e para altitudes mais elevadas. As espécies que já habitam latitudes ou altitudes elevadas são particularmente vulneráveis, uma vez que os seus habitats poderão irremediavelmente desaparecer: espécies que já vivem no topo de montanhas não poderão migrar para altitudes superiores. Nas regiões polares, a fusão dos gelos marinhos ocorrerá mais cedo na primavera e a sua formação ocorrerá mais tarde no Outono, o que terá graves consequências para espécies que fazem do gelo marinho o seu habitat (por exemplo, o urso polar e algumas espécies de focas).

 


 

4. NAS ALTURAS: Quando o clima aquece, as espécies que habitam as montanhas movem-se para altiudes superiores. Esta é a cabra montesa norte-americana (Oreamnos americanus). Fotografia: Galeria Corel

 

As observações têm mostrado que o aquecimento nos últimos 30 anos já afectou a vida de animais e plantas na Europa. Por exemplo, algumas espécies de aves e borboletas expandiram os seus habitats; um estudo do crescimento de várias espécies de plantas na primavera mostrou que o florescimento tem sido antecipado 2-5 dias por década nos últimos 50 anos; a migração das aves na primavera e a sua postura de ovos têm sido também antecipadas 2-5 dias por década; espécies que estão especificamente adaptadas a um determinado clima têm-se movido, em média e por cada década, 6 km na direcção dos pólos ou aumentado a sua altitude em 6 metros.

A rapidez com que o aquecimento ocorrerá é um factor crucial na sobrevivência da vida animal e vegetal; quanto mais lento for o aquecimento, mais tempo terão as espécies para se adaptarem com sucesso às novas condições. Um aquecimento rápido ou alterações súbitas não disponibilizam tempo suficiente para que as espécies de adaptem de forma lenta e gradual.

 

 

5. URSOS MAIS MAGROS: O urso polar está ameaçado pelas alterações climáticas. Dado que ele se dedica à caça de focas nos bordos nas plataformas de gelo marinho do Árctico, períodos mais curtos com gelo marinho implicarão épocas de caça menos extensas. Alguns estudos mostram que o seu peso corporal tem vindo a diminuir. Fotografia: Biblioteca Fotográfica da NOAA (prima para aumentar, 49kB).
 

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Autor: Camilla Schreiner - CICERO (Center for International Climate and Environmental Research - Oslo) - Norway. Revisores científicos: Andreas Tjernshaugen - CICERO (Center for International Climate and Environmental Research - Oslo) - Norway - 2004-01-20 e Knut Alfsen - Statistics Norway - Norway - 2003-09-12. Revisor educacional : Nina Arnesen - Marienlyst school in Oslo - Norway - 2004-03-10. Última actualização: 2004-03-27. Versão portuguesa: João A. Santos.

 

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last updated 08.11.2004 22:42:28 | © ESPERE-ENC 2003 - 2013